Em um país com tantos rios e banhado pelo Oceano Atlântico em uma área de mais de 7 mil km, a canoagem não chega a ser preferência nacional, como o futebol ou o vôlei. Mas para Recreio o esporte se torna motivo de orgulho já que uma recreiense vem se destacando em competições no Rio de Janeiro e brasileiras. Seu nome é Gabriele Ferreira Latini, mais conhecida como Gabi Latini e a modalidade que pratica é a canoagem havaiana.

Filha de Paulo e Rita Ferreira, Gabi começou a treinar a prática da canoa havaiana em 2012, no Clube Hoa Aloha, em Niterói, cidade onde reside. Naquele ano, ela disputou as primeiras competições por equipe e venceu todas as provas que participou: foi campeã brasileira estreante, campeã carioca estreante e campeã estadual estreante.
No ano seguinte, a recreiense começou a treinar para as provas individuais e os títulos de campeã vieram na competição brasileira (Rio Va’a) individual, na dupla mista (Dave Mackinight) e por equipe (Hoa Aloha); da prova Ratier no Rio de Janeiro individual; e o vice-campeonato brasileiro Aloha Spirit por equipe (Ho Aloha).
Segundo a própria Gabi, o ano da sua consolidação nas provas individuais foi 2014, quando ela ganhou as principais etapas do circuito nacional. Ano passado conseguiu o título de campeã individual da Volta à Ilha de Santo Amaro, em Santos (SP); foi campeã de todas as etapas do Circuito Aloha Spirit, no individual; quarto lugar no Mundial de 1.500 m por equipe (Kimi); campeã do W2 Downwind, no individual; e bronze no Brasileiro por equipe (Kimi).
Este ano, com muito treino e dedicação, as conquistas também já apareceram com o título do Campeonato Brasileiro (OC.1); 4º lugar na Copa Brasil por equipe (OC.6) pela equipe Kimi; 3º lugar no Brasileiro por equipe (OC.6) pela Kimi; campeã do Festival Aloha Spirit, o maior festival aquático do Brasil, com vitória em todas as etapas; e bicampeã do W2 Downwind, a única prova de Downwind no Brasil.
O sucesso de Gabi nas águas rendeu a ela a convocação para correr o Sul-Americano entre os dias 18 e 24 de novembro em Santos (SP) e em dezembro ela ainda tem a última prova do ano e mais tradicional de canoagem no Brasil, é a Rio Va’a, onde ela irá competir nas três modalidades (OC.1, OC.2 mista e OC.6).

Perguntada sobre a escolha do esporte, ela respondeu: “Eu estava passando por problemas de depressão e meu amigo e terapeuta Roberto Marra me indicou a modalidade, fiz a primeira aula, me apaixonei e não parei mais. Sempre quis fazer um esporte ao ar livre. A canoa, além de me proporcionar bem-estar, me coloca em contato com o mar, o que me ajuda a manter a mente tranquila e focar no esporte que começou como terapia. Nele eu descobri uma grande paixão”.
Segundo a canoísta há algum tempo ela não vem a Recreio, já que tem que se dividir entre a prática esportiva e a administração do ateliê de joias do marido, o designer Bruno Latini, mas espera, em breve, estar na sua terrinha e quem sabe até trazer pra cá um projeto de canoagem, o que representaria para ela a “realização de um sonho”.
Muito bom entre tantas notícias ruins, saber que uma Recreiense e Mandioca ainda por cima rsrsrs, superou a depressão com tantas conquistas.Parabéns Gabi, estamos na torcida!