O Brasil precisa de capitalismo

Economia: Por Davi Carneiro*

Nos meus últimos textos eu vim apontando várias causas para todo o caos econômico que vive o Brasil e também o resto do mundo. Mas hoje eu gostaria de falar sobre as soluções para essa crise, e até mesmo do que se pode levar de aprendizado da atual situação.

A crise foi causada por interferência estatal, foi culpa direto de más políticas econômicas e estatismo. Então o que é de se esperar é que a solução seja exatamente o contrário disso, ou seja, a não interferência, uma economia livre e sem o estado a controlando. Precisamos de capitalismo.

Capitalismo pode ter muitos significados, desde a exploração dos proletários sobre os proletariados desde acúmulo de capital, nesse artigo usaremos a definição austríaca. O capitalismo é a livre interação entre indivíduos que almejam a felicidade individual. Simplificando, é a sociedade em sua pura liberdade.

O Brasil precisa de liberdade, para que os indivíduos, almejando de maneira egoísta sua própria felicidade, possam buscar o crescimento individual e dessa maneira, o crescimento coletivo, e assim, o crescimento do país.

Para fazer isso, é preciso uma imensa revogação de impostos e de regulamentações. Fim da CLT, fim do salário mínimo, fim de IPTU, IPVA, qualquer regulamentação e burocracia para se abrir uma empresa. Enfim, é impossível fazer uma lista do que poderia ser cortado em menos de 50 páginas. Mas em resumo, o país precisa ser mais livre, o estado deve diminuir, se abrir ao capital estrangeiro, acabar com protecionismo e principalmente com estado de bem-estar social.

Um país livre permite aos indivíduos a acumularem capital, a conseguir o crescimento. E desse modo, os indivíduos vão interagindo entre si, formando um mercado, livre interação entre indivíduos, no qual cada um sai com seu próprio ganho, todos em busca da própria felicidade. Em uma sociedade, a peça mais importante é sempre o indivíduo. O indivíduo virá sempre antes do coletivo.

Pode parecer uma ideia horrível para alguns, mas há vários exemplos de países que adotam o capitalismo e livre mercado e que têm um crescimento consideravelmente maior que as consideradas “grandes potências” mundiais, como China e EUA. A realidade é que esses dois países citados não são capitalistas na prática, ambos amargam de falsos crescimentos e políticas de intervenção econômica.

Um bom exemplo de país capitalista é a Estônia. Tendo saído da União Soviética em 1990, e hoje, 30 anos depois, figura em sétimo na lista de países mais economicamente livres do mundo. Ao ver o crescimento do PIB da Estônia desde sua saída da URSS teremos o seguinte gráfico:

Um crescimento absurdo, uma queda perto de 2010 ocasionada pela crise de 2008, mas rapidamente o país se recuperou e hoje pouco oscila lá em cima.

Em comparação a isso, o Brasil, que ocupa a posição 153 nos índices de países mais livres do mundo, teve o seguinte crescimento:

O Brasil não tem desde a década de 90 um crescimento real, ou seja, o país viveu duas décadas perdidas.

Seguindo as comparações, a Itália, que para muitos é faz parte da União Europeia e ocupa a 79ª posição em liberdade econômica, teve o seguinte crescimento do PIB:

A Itália não apenas não superou a crise de 2008 mesmo 12 anos após, como conseguiu entrar em uma crise maior e pior. Isso tudo por causa de políticas de expansão monetária feitas pela União Europeia e de imensa intervenção estatal.

A única solução possível para um crescimento real de um país é o indivíduo. As ações de indivíduos. A sociedade e as pessoas precisam de liberdade. Não é apenas uma questão econômica, mas uma questão ética, sobre o que é certo e o que é errado. A liberdade deve sempre reinar, mesmo que incomode aqueles que recebem privilégios com a falta dela. Ser livre não é apenas uma das opções, é a única opção, uma necessidade. Não há sociedade sem liberdade, e não há sociedade sem o indivíduo. A liberdade é um direito natural, e o indivíduo sempre vem antes do coletivo.

*O texto é de responsabilidade do autor.

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