A arte tumular do histórico Cemitério Municipal de Conceição da Boa Vista, localizado a aproximadamente 5 km do distrito sede – Recreio – com diversos jazigos do século XIX, foi tema de um artigo publicado na Revista Memória em Rede (volume 14, número 26 / 2022), da Universidade Federal de Pelotas (RS).
O artigo “Cada sepultura, uma história: Arte tumular e Patrimônio no Cemitério de Conceição da Boa Vista, Recreio-MG”, foi produzido pelos professores, Doutor Yussef Daibert Salomão de Campos, e Mestra Mariana Antão de Carvalho Rosa. Confira abaixo a formação completa dos autores.
“O presente trabalho busca lançar luz sobre o Cemitério de Conceição da Boa Vista, localizado em Recreio, no estado de Minas Gerais, enquanto patrimônio, lugar de memória e território atravessado por múltiplas histórias. Inicialmente, faremos uma breve e necessária reflexão sobre os cemitérios enquanto patrimônio, atravessado múltiplas vezes pelas relações de forças e disputas de poder. Em um segundo momento, respaldados pela materialidade das fontes históricas bem como pelas possibilidades abertas pelo estudo da arte funerária, buscaremos conhecer algumas histórias que foram escritas nas sepulturas daquele campo. Acreditamos que cada jazigo pode representar, para aquela comunidade, a possibilidade de narrar, ainda que brevemente, a história de uma ou várias vidas”, diz o resumo.
O Site Pólis entrou em contato com o professor Dr. Yussef para perguntar como surgiu a ideia de escrever sobre o Cemitério e ele disse que tudo começou durante uma visita a Recreio, no sítio de seu pai, Iano Salomão Campos, casado com a recreiense, Simone Martins. Lá eles conversavam sobre Conceição da Boa Vista e sua cunhada Vivian, neta do Sr. Aquino (i.m), contou a ele algumas histórias que conhecia. “Como sou professor e pesquisador de patrimônio cultural da Universidade Federal de Goiás, fiquei muito curioso com a histórias. Eu fui até o local com a Vivian”, disse.
Yussef Daibert Salomão de Campos
Professor Adjunto da Faculdade de História e permanente dos Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-graduação ProfHistória – Universidade Federal de Goiás. Doutor em História (Universidade Federal de Juiz de Fora); Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas-RS. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Especialista em Gestão do Patrimônio Cultural (Granbery e PERMEAR, Juiz de Fora-MG). Pesquisa o patrimônio cultural a partir da relação entre História, Memória e Identidade, além de suas nuances jurídicas.
Mariana Antão de Carvalho Rosa
Possui graduação em História pela Universidade Federal do Piauí – UFPI (2015). Foi bolsista do Programa de Educação Tutorial PET- História (2013 – 2015). Mestra em História Social pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA (2019). Foi professora do Ensino Médio regular da Secretaria de Educação do Estado do Maranhão SEDUC – MA (2016 – 2020). Atua como professora no Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), associado a SEDUC – MA. Desenvolve estudos na área de História com ênfase na História Regional do Brasil. Pesquisa os seguintes temas: História, Memória, Morte, Cultura, Cemitérios e Patrimônio.