A empresa gestora da UHE Barra do Braúna, a Brookfield Energia Renovável, espalhou várias placas nas margens do lago que atinge quatro municípios (Laranjal, Recreio, Leopoldina e Cataguases) com a informação de que a água do rio Pomba, neste trecho, está imprópria para consumo, banho e pesca.

As placas instaladas têm os seguintes dizeres: “Atenção, água temporariamente imprópria devido à presença de algas. A empresa pede que evite beber ou ter qualquer contato com a água, não faça o consumo desta pelos animais e por fim, que não pesque no lago”. Não há nenhum comunicado sobre os perigos do contato com a água.
Segundo o pescador, Luciano Ribeiro, “ainda há pescadores que estão atuando na área”. Luciano disse também que já ligou para a “Polícia do Militar do Meio Ambiente, para o IBAMA e até para a empresa Brookfield, porém, nenhum órgão conseguiu transmitir informações esclarecidas sobre o assunto”.
O Site Pólis então buscou contato, via e-mail, com a Brookfield e o setor de comunicação, através de Maria Vianna, disse que “comunicou a Superintendência Regional de Regularização Ambiental Zona da Mata, Prefeituras e Secretaria Municipais de Saúde e demais órgãos competentes assim que identificaram a presença de cianobactérias em nível superior ao normal nas águas do reservatório da UHE Barra do Braúna. É provável que a poluição seja oriunda de fontes nas margens do rio, baixo nível de oxigênio na água e pouca vazão do rio Pomba devido a seca. A recomendação para proibir, temporariamente, o consumo, banho e pesca no lago foi da SUPRAM”, concluiu a comunicação da Brookfield Energia Renovável.
Nota da Brookfield sobre a situação do lago
A Barra do Braúna Energética comunicou a Superintendência Regional de Regularização Ambiental Zona da Mata (Supram/ZM), Prefeituras, Secretarias de Saúde e demais órgãos competentes assim que identificou a presença de cianobactérias em nível superior ao normal nas águas do reservatório da UHE de Barra de Braúna (MG).
Poluição oriunda de fontes nas margens do rio, baixo nível de oxigênio na água e pouca vazão do rio Pomba devido ao período de seca são as causas prováveis para a proliferação deste tipo de bactéria, que pode ser encontrada atualmente em diversos pontos do rio.
Por recomendação da SUPRAM de acordo com a legislação, a água está imprópria para consumo temporariamente. Exames complementares foram realizados, com resultados previstos para breve. Todos estas análises fazem parte da rotina da operação da usina de Barra do Braúna, e são realizadas a cada três meses, sendo a primeira vez em que ocorre registro fora do padrão.
A Barra do Braúna Energética reafirma seu compromisso com o Meio Ambiente e as comunidades à jusante da barragem de sua usina.
Maria Vianna
Comunicação
Moro em Santo Antônio de Pádua e gostaria de saber se também corremos risco aqui na região?