A partir de quarta-feira (20), a Casa de Leitura Lya Botelho, em Leopoldina (34 km de Recreio), vai expor a história de um dos mais importantes ciclos econômicos brasileiros: o ciclo do ouro. Com o título “Ouro de Minas” a exposição é coordenada por Alexandre Carlos, com patrocínio da Energisa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho.

Como as demais exposições criadas na Casa, “Ouro de Minas” propõe-se a ser um possível suporte didático e tem como objetivo despertar o interesse em jovens e adultos na história da formação sócio, econômica e cultural do Brasil, através de espaços lúdicos criados para resgatar imageticamente esse importante período da nossa história.

Confira os horários de funcionários: segunda-feira a sexta-feira, de 8h às 11h; e de 13h às 17h; sábados, de 8h às 11h. Não há visitações aos domingos e feriados. As escolas, grupos ou clubes de serviços que queiram conhecer a exposição em números maiores de pessoas podem agendar o dia e horário pelo e-mail: casadeleitura@gmail.com.

Maiores informações também pelo Facebook Casa de Leitura Lya Botelho.

O ciclo do ouro

Quando os bandeirantes, em meados no Séc. XVII encontram evidências de ouro e de algumas pedras consideradas preciosas, dá-se o início de um grande movimento político, econômico, social e cultural no Brasil. Uma verdadeira “corrida ao ouro” acontece grandes contingentes de pessoas migram para as regiões consideras ricas nesses minérios. O Brasil passa, então, a viver um novo ciclo onde as riquezas que o solo de uma faixa que abrangia os atuais estados de Mato Grosso, Goiás e Minas, modifica todo o sistema econômico até então vigente e, sobretudo, as relações desta colônia com Portugal.

A maioria das cidades, assim chamadas, históricas de Minas Gerais se desenvolveram sobretudo da riqueza proveniente da mineração. O ouro e os diamantes, tão abundantes na região de Vila Rica, Sabará, São João del Rei e Vila do Príncipe não apenas sustentaram o fausto da corte e pagaram grandes dívidas de Portugal, mas ajudaram a criar uma noção de pertencimento nos colonos que aqui viviam, alimentando sonhos de autonomia que têm seu maior exemplo nas motivações da Inconfidência Mineira.