Mais de um ano depois da detecção do primeiro caso de covid-19, Minas Gerais está no momento mais grave da pandemia. Em meio à lenta vacinação, à disseminação de novas cepas e à sobrecarga nos hospitais públicos e privados, o Estado registrou, em março, o recorde mensal de óbitos provocados pela doença. Os boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde nos últimos 31 dias notificaram que 5.767 pessoas perderam a vida após contraírem o vírus. Os três meses de 2021 totalizam 12.430 mortes, mais do que os 11.902 divulgadas ao longo de 2020.
Os números reais do mês mais mórbido da pandemia em território mineiro devem ser ainda mais preocupantes, já que a administração estadual geralmente precisa de pelo menos 24 horas para contabilizar os óbitos nas estatísticas oficiais. Ou seja, os dados divulgados nesta quarta-feira (31) não levam em consideração todas as mortes ocorridas nos dias anteriores.
Desde o início da pandemia, o Governo Estadual confirmou que 24.332 pessoas perderam a vida após serem infectadas pelo coronavírus. Em março, Minas registrou o terceiro recorde consecutivo na quantidade mensal de mortes. Foram 3.158 em janeiro e 3.505 em fevereiro.
Em média, foram confirmadas 186 mortes diárias por COVID-19 durante o mês passado – eram 125 em fevereiro. O recorde geral de novos óbitos em 24 horas também é de março: foram 479 ocorrências no último dia 27.
3.950 mortes em todo Brasil em 24 horas
O Brasil contabilizou 12.753.258 casos e 321.886 óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa. Foram 3.950 mortes registradas em 24 horas, um novo recorde. Março teve mais do que o dobro de mortes de julho de 2020, o 2º pior mês da pandemia.
Com informações: Jornal Estado de Minas e G1.