A estiagem de 2019 começou a mostrar as suas marcas em Recreio: infestação de pernilongos, tempo seco, ribeirão e córregos agonizando, pastagens secas e o manancial – principal fonte de abastecimento da cidade – em nível crítico. Para ajudar na manutenção do fornecimento de água o recém-inaugurado poço artesiano foi acionado pelo SAAE.
Segundo dados dos técnicos da Estação de Tratamento de Água “ETA”, neste período do ano para evitar a falta de água é necessária a vazão de 30 l/seg. Mas, como o manancial – localizado na Serra das Virgens – está com o nível muito abaixo do normal, só estão chegando na ETA 6 l/seg. Outros 9 l/seg. estão vindo de um bombeamento do Ribeirão dos Monos.
Para atender a demanda da população o poço artesiano, perfurado em 2018 e inaugurado há 30 dias, foi acionado e está fornecendo 18 l/seg., ou seja, se não tivesse o poço a cidade de Recreio estaria passando por racionamento no abastecimento, assim como aconteceu em vários anos desde 2014.
A perfuração do poço artesiano era a maior exigência da população para suprir as necessidades do fornecimento de água em períodos de crise hídrica. Em 2017, no primeiro ano da administração do atual prefeito de Recreio, José Maria Barros, a situação ficou tão caótica que o chefe do executivo chegou a decretar estado de calamidade hídrica no Município. E, a partir daí o prefeito começou a buscar recursos para atender à exigência da população.
Em abril de 2018 por meio da área técnica da COPASA, responsável naquele ano por executar ações do Governo Estadual com objetivo de ajudar os municípios que estavam sofrendo com problemas hídricos, o poço foi perfurado. A obra contou com intermédio parlamentar do ex-deputado Estadual, Isauro Calais, atual suplente na legislatura 2019-2022.
De acordo com técnicos da ETA neste período do ano são necessários 2 milhões de litros de água por dia para atender a cidade. A cada hora Recreio consome 65 mil litros de água.
Nível do manancial.
