Há algum tempo notificações de pessoas com sintomas de dengue em períodos de estiagem era quase inexistente, mas o que o pesquisador de Parasitologia da UNESP, Cláudio José Von Zubem, divulgou em 16 de julho de 2014 em matéria publicada no Portal Brasil está acontecendo em Recreio, ou seja, a adaptação do Aedes Aegypti ao clima adverso.
Nos últimos meses o clima no Município tem sido muito seco, com sol escaldante e raríssimas chuvas, o que daria para acreditar que os casos de dengue não aconteceriam devido à falta de água para o crescimento das larvas, porém as notificações já chegaram a quase 200 em todo território, sendo 133 em Recreio (cidade), 62 em Conceição da Boa Vista (distrito) e 2 em Angaturama (distrito).
De acordo com os levantamentos de índice de infestação “L.I” realizados no mês de outubro, Recreio está com índice de 2,1% e Conceição Boa Vista com 9,7%, ambos acima do aceitável pelo Ministério da Saúde (1%), o que torna verídica mais uma informação do pesquisador da UNESP, segundo ele “hoje a gente observa que, em água não tão limpa, podemos ter a criação das formas imaturas dessas espécies…”, fato confirmado pelos agentes municipais de endemias que estão encontrando larvas em materiais com água suja, bueiros e até em redes de esgoto.
Para combater o mosquito da dengue a Secretaria Municipal de Saúde está atuando com a equipe da epidemiologia no trabalho com UBV Costal, tratamento focal, mutirões de limpeza e campanhas de conscientização, tanto na cidade como também nos distritos.
A equipe da saúde aproveita para reforçar o pedido para não deixar água parada em nenhum local e ainda lembra que o ovo do Aedes Aegypti pode ficar no período seco, sem água, por mais de um ano, então, logo que vem a chuva o ovo eclodi, vira larva e em seguida torna-se um mosquito transmissor, isso tudo em um período de apenas 10 dias.
Com informações: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/07/mosquito-da-dengue-esta-se-adaptando-ao-clima-adverso